DOI: https://doi.org/10.37811/cl_rcm.v8i2.10524

 

Qual a Personalidade de Pessoas Inteligentes?

Fabiano de Abreu Rodrigues[1]

[email protected]

Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, es Post-doctoral y Doctor en neurociencias miembro electo de Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society y Miembro de la Society for Neuroscience (USA) y APA - American Philosophical Association, Master en Psicología, Licenciado en Biología e Historia; también Tecnólogo en Antropología y filosofía con varias formaciones nacionales e internacionales en Neurociencias y Neuropsicología. Investigador y especialista en Nutrigenética y genómica. Es director del Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Científico del Hospital Universitario Martin Dockweiler, Jefe del Departamento de Ciencia y Tecnología de la Universidad Logos Internacional, miembro activo de Redilat, miembro asociado de APBE - Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva y SPCE - Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação. Miembro de Mensa, Intertel y Triple Nine Society.

Roselene Espírito Santo Wagner

Dra em Psicanálise- EBWU - Emil Brunner World University, Dra em Psicologia - Logos University Internacional, PhD em Neurociência-  Logos University Internacional Psicóloga Clínica CRP 12/20078 SC, Mestre em Psicanálise Faculdade Gaio SP, Mestre em Psicopatologia Faculdade Gaio Neuropsicóloga, PhD em Neurociências, psicóloga, neuropsicóloga, coordenadora do CPAH - Centro de Pesquisa e Análises Heráclito e pesquisadora na Logos University International

 

Nathalie Karolina Ramos Zamora Gudayol

[email protected]

Nathalie Gudayol é graduada em Psicologia pela Universidade Metodista de São Paulo. Pós-graduada em Neuropsicologia pela Faculdade de Ciências Médicas Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e Pós-graduanda em Neurociência pela Universidade Católica (PUC) Paraná

 

 

 

RESUMO

 

Durante muito tempo se acreditava que a personalidade e a inteligência eram constructos que necessitavam de estudos independentes. Hoje já é possível perceber as influências de uma sobre a outra na formação do indivíduo e das características da sua personalidade e habilidades cognitivas. O objetivo desse artigo é compreender as relações entre inteligência e personalidade e apresentar de maneira sucinta os traços da personalidade que se desenvolvem a partir dessa relação.

 

Palavras chave: Inteligência, Personalidade, Cognição, Comportamento

What Is the Personality of Intelligent People?

 

ABSTRACT

For a long time, it was believed that personality and intelligence were constructs that needed independent studies. Today it is already possible to perceive the influences of one on the other in the development of the individual and the characteristics of his or her personality and cognitive abilities. The objective of this article is to understand the relationship between intelligence and personality and to briefly present the personality traits that develop from this relationship.

 

Keywords: Intelligence, Personality, Cognition, Behavior

 

 

 

Artículo recibido 20 febrero 2024

Aceptado para publicación: 25 marzo 2024

 

 

 


 

INTRODUÇÃO

A personalidade é caracterizada como padrões comportamentais e emocionais que uma pessoa manifesta em situações diárias concretas. É como ela se mostra para o mundo. Ela é formada durante toda a vida pelas experiências e influências internas e externas que o indivíduo recebe. Esses padrões são complexos e precisam ser bem observados para melhor entender quem a pessoa é. As pessoas agem de diferentes maneiras na mesma situação e um mesmo indivíduo pode agir de diferentes maneiras em situações diferentes.

A cognição também tem papel na formação da personalidade. Se a personalidade é definida pela forma como o individuo age concretamente no mundo em diversas situações, fatores cognitivos como memória, processamento de informações, habilidade de se adaptar ao meio e com diferentes pessoas e o uso da lógica são fundamentais não apenas para a assimilação do ambiente, mas também para um melhor entendimento das próprias características internas como a raiva, tristeza, alegria, ansiedade, hostilidade, motivação, medo, coragem, insegurança, confiança e dos elementos causadores dessas características (Baumert, 2017).

A capacidade de processar informações, tomar as melhores decisões, aprender, memorizar, usar a lógica e se adaptar para a convivência e sobrevivência são atributos da inteligência. Devido a sua dimensão, muitos estudiosos procuram meios de definir e medir a inteligência dos indivíduos de maneiras mais conclusivas. Dessa forma, a inteligência é estudada sob diferentes óticas, e sua formação está atribuída a diversos fatores, sejam eles genéticos e /ou ambientais, dependendo da ciência que a esteja estudando (Dicke, 2016). 

A inteligência vem sendo estudada a mais de um século. Ao longo desse período, várias teorias e testes foram surgindo com o objetivo de auxiliar no estudo da inteligência: como se forma, como pode ser medida, como se desenvolve, quais são suas influências etc.

O termo Quociente de Inteligência (QI) foi utilizado pela primeira vez pelo psicólogo William Stern para designar a pontuação obtida por indivíduos em testes padronizados e confiáveis para determinar sua inteligência relativa. Os testes mais utilizados são a Escala Stanford-Binet e o WAIS. Eles determinam elementos da inteligência como memória, habilidades visuais, raciocínio fluído e quantitativo e conhecimentos gerais. Os testes podem variar seus resultados de acordo com a idade da pessoa e de questões com ansiedade e tensão. 

O QI é determinado por fatores genéticos, porém o ambiente pode influenciar e permitir que essa inteligência se desenvolva de uma maneira mais ampla. Segundos pesquisas, fatores como educação, desnutrição, status sócio econômico, uso de drogas e álcool podem influenciar o QI dos indivíduos (Oommnen, 2014). 

Uma das primeiras teorias sobre a inteligência foi desenvolvida por Charles E. Spearman, a Inteligência Geral. Para ele, a inteligência se desenvolvia envolta do fator g, um conjunto de habilidades gerais o que permitia que uma pessoa se saísse bem em uma habilidade se ela também tiver se saído bem em outra. O fator g está relacionado com a velocidade de processamento, inteligência fluída e cristalizada, memória, aprendizagem e percepção visual ampla e a partir dessas habilidades, o individuo pode desenvolver habilidades mais específicas.

Outras perspectivas sobre a inteligência foram surgindo atualizando, acrescentando e desenvolvendo conceitos já pré-estabelecidos. L.L. Thurstone afirmava que a inteligência se desenvolve em torno de habilidades mentais primárias: compreensão verbal, memória, fluência, inteligências numéricas e espaciais etc. Já Reymond B. Cattell, que apresentou os conceitos de inteligência fluída e cristalizada, entendia a inteligência como uma hierarquia, com o fator g e as inteligências primárias no topo.

A teoria das inteligências múltiplas descreve a inteligência com um conjunto amplo de habilidades específicas e que essas habilidades não se manifestam nos indivíduos da mesma maneira com a mesma intensidade. As inteligências múltiplas são: Lógica Matemática, Corporal Cinestésica, Espacial-visual, Línguística, Interpessoal, Intrapessoal, Musical e Naturalista (Sternberg, 2020).

E para a inteligência DWRI, a genética é a chave. O desenvolvimento da região frontal, responsável pela tomada de decisões e controle, é fundamental para o desenvolvimento de uma inteligência determinante que fortalece as demais (Rodrigues, 2021).

Diante de tantas teorias, questionamentos começavam a surgir: qual a relação entre inteligência e personalidade e como o comportamento é afetado por essa relação? Quais são as características das pessoas com inteligência elevada?

Inteligência e Personalidade

A priori cabe destacar que, não existe um padrão de personalidade comum e invariável para as pessoas com AH/SD considerando que, cada indivíduo, além de uma carga genética determinada e única, vive experiências que fazem com que sua personalidade se configure de forma singular.

Isso posto, estudos teóricos desenvolvidos pelos autores Arroyo, Martorell e Tarragó (2006) apontam que, algumas características se sobrepõem a superdotação e a personalidade entre as elas, o sentido ético e moral desenvolvido, preocupação com os conceitos abstratos, regras e normas sociais, sensibilidade aos problemas sociais; alta capacidade de liderança, habilidade de influenciar o comportamento dos demais, ser popular e respeitado; grande perfeccionismo, com métricas  demasiadamente elevadas; autoconhecimento desenvolvido, capacidade de compreender seus próprios processos intelectuais, identificar suas faculdades cognitivas; elevada perseverança, sensação de sentir-se diferente dos demais, inconformismo, engenhosidade e imaginação.

Os superdotados possuem um elevado potencial criativo; com aptidão para gerar ou inventar algo novo e original, invenção e produção de novas ideias; fluidez; flexibilidade; pensamento independente e, pensamento integrado.

Na vida adulta, pessoas intelectualmente superdotadas dispõem de capacidades, potencialidades e recursos que facilitam sua adaptação ao meio. Sternberg (2005), enfatiza o que determina o ‘sucesso’ de uma pessoa, está nas interrelações com os outros, especialmente seus pares mais próximos, em sua sociedade e que inteligência está unida a aspectos de emoções e afetividade. 

Para Kretzschmar et al (2018) a inteligência e a personalidade são constructos hierárquicos que se formam desde o fator g até as habilidades específicas se formando e se influenciando por combinações também hierárquicas. A inteligência tem como o fundamento o fator g que é a base para o desenvolvimento de habilidades gerais e especificas, enquanto a personalidade está fundamentada nas cinco grandes dimensões da personalidade: Extroversão, Amabilidade, Conscienciosidade, Neuroticismo e Abertura à experiência (Gomes, 2012).

De acordo com o neurocientista Colin De Youngmuitas características de personalidades estão relacionadas com habilidades cognitivas. Segundo estudos testes feitos com 478 participantes para entender a relação entre QI com a personalidade, a característica mais que mais relaciona ambos é a capacidade para ser aberto a experiências internas e externas por meio de processos cognitivos e racionais.

Essa abertura à experiência se refere a um conceito mais amplo de personalidade que engloba características “secundárias” como imaginação, curiosidade, interesse intelectual e artístico e percepção. Outras dimensões importantes da personalidade que estão relacionadas em maior ou em menor grau com o QI são: organização, moderação, estabilidade emocional e liderança (Kaufman, 2014; DeYoung, 2012).

A presença de determinados traços de personalidade não deve ser observada de maneira generalizada. A recorrência em que essas características se apresentam em indivíduos com inteligência elevada não é indicativa que todos eles possuam tais características. Outros traços de personalidade que indicam inteligência elevada são:

Capacidade para resolver problemas: É a habilidade de observar um problema, definir alternativas, escolher a melhor decisão e entender as conseqüências da decisão tomada (İncebacak, 2016).

Autocontrole: Pessoas inteligentes são mais capazes de controlar os próprios impulsos. Elas consideram bem as conseqüências das suas ações e fazem melhor planejamento e reflexão antes de tomar uma decisão (Beran, 2018). 

Adaptação: Um dos traços mais fundamentais da inteligência é a capacidade de se adaptar ao ambiente que está inserido e obter um bom desempenho naquilo que se propôs a fazer independente das adversidades impostas por esse ambiente (Sternberg, 2019).

Senso de Humor: entender e produzir humor, principalmente o humor negro, depende de uma variedade de ações cognitivas complexas para processar informação e provocar o receber estímulos. Pessoas com senso de humor elevado têm menores distúrbios de humor, são mais interessantes de ter como companhia e  possuem maior inteligência verbal e não verbal (Willinger, 2017)

Intuição: é a capacidade de entender, perceber e discernir uma situação de maneira “instintiva” sem a necessidade de instruções ou racionalizações e assim decidir qual informação que é importante, qual pode ser descartada e tomar as melhores decisões. Está ligada a uma inteligência geral ou inteligência comum compartilhada que ajuda entender como algo funciona, pois sempre haverá um limite para o que a razão e os dados podem oferecer (Kasanoff, 2021).

Empatia: é uma capacidade cognitiva e emocional de se colocar no lugar do outro experimentando sentimento de compaixão e preocupação com as outras pessoas.Também possuem grande imaginação sendo capazes de se transportar para lugares fictícios e se relacionar emocionalmentecom personagens e suas histórias. É um dos maiores indicadores de inteligência emocional (Fernández-Abascal, 2019).

Preferência pelo isolamento: Estudos mostram que pessoas com inteligência elevada preferem ficar sozinho e ter poucos momentos de socialização com amigos.Segundo os pesquisadores, isso tem relação com a evolução humana. Indivíduos assim possuem a capacidade para resolver problemas por si mesmo, não sendo necessária a presença de um grupo (Brown 2021; Li 2016).

Hábito de leitura: Ler periodicamente melhora a comunicação, vocabulário, requer paciência, determinação e concentração, além de melhorar habilidades cognitivas gerais como memória e processamento de informações, principalmente se esse hábito for iniciado desde a infância (McNamee, 2014; Beres, 2017).

Falar consigo mesmo: Esse hábito permite organizar idéias, lidar com situações de estresse, controlar comportamentos impulsivos e melhorar a confiança. Ler em voz alta permite um maior controle sobre a tarefa que está sendo feita (Dean, 2018; Tullett, 2010).

Ansiedade: Pessoas com inteligência elevada têm maior tendência de desenvolver ansiedade. As razões para esse fenômenos podem estar relacionados com a evolução humana. Pessoas mais inteligentes têm a capacidade de perceber melhor ameaças, são sensíveis a estímulos externos e estão sempre buscando por informações (Coplan, 2012).

Bipolaridade: Pesquisas que unem inteligência elevada com bipolaridade continuam a serem feitas sem dados totamente conclusivos, porém um estudo mostrou que homens com inteligência elevada tem mais ricos de desenvolver bipolaridade, mas em apenas uma minoria dos casos (Gale et al, 2013).

Preguiça: Pessoas menos fisicamente ativas, tendem a ser congnitivamente ativas. Elas procuram atividades que tenham mais estimulos cerebrais. Pessoas com QI alto tendem a se sentir entediadas com mais frequencia por isso acabam se direcionando para abstrações. O importante é estabelecer que não se trata da vontade de não fazer nada por total desinteresse, mas é uma forma do cérebro da pessoa inteligente de não gastar energia com tarefas que para elas não tem tanta importância (Flood, 2017).

Perfeccionismo: Muitas vezes considerado uma qualidade positiva, o perfeccionismo pode trazer dificuldades para a vida dos mais inteligentes quandos estes carecem de inteligência emocional para lidar com frustrações e erros. Colocar um padrão alto para si mesmo e não alcançar pode levar muitos, principalmente se são jovens, a estados de depressão e ansiedade (Sheppard, 2017).

Uso de palavras de baixo calão: Estudos mostram que proferir xingamentos e palavrões indica um uso inteligente da linguagem em potencializar efeitos da comunicação, além de apresentar alivio para situações de estresse e dor (Stephens, 2009, 2017; Jay, 2015).

Politicamente Liberal: De acordo com pesquisas, pessoas que possuem visões políticas mais liberais, progressistas, que não seguem uma religião e não acreditam em uma divindade tendem a ser mais inteligentes e por com consequência alcançar cargos elevados em instituições (Kanazawa, 2010).

Dormem tarde: Estudos mostram que pessoas mais inteligentes e criativas tendem a ser mais ativas durante a noite. Quanto mais inteligente for a criança maior a probabilidade dela se tornar um adulto noturno e que dorme tarde (Kanazawa, 2009).

Outras características comuns entre pessoas que possuem inteligência elevadas são:

Pupilas Dilatadas: A dilatação das pupilas pode estar relacionada com a inteligência fluida que é a capacidade para resolver problemas, observar padrões, e aplicar à lógica. As pupilas não dilatam apenas na presença de luz, mas podem indicar processos mentais internos. A mente está trabalhando.

É o irmão mais velho: Não há dados conclusivos, mas segundo estudos, filhos mais velhos levam vantagem em testes de inteligência em relação aos seus irmãos mais novos. Uma das explicações seria a interação mais próxima entre pais e filhos que estimulou maior desenvolvimento (Kristensen, 2007).

Altura: Pessoas altas apresentam maiores habilidades cognitivas que pessoas mais baixas. Crianças que mostram maiores capacidades em testes mostraram também maior crescimento físico (Case, 2008).

Magros: Um estudo mostrou que crianças menos inteligentes tem maiores probabilidades de desenvolver obesidade na idade adulta (Belsky et al, 2013).

As Inteligências Múltiplas e Personalidade

A teoria das Inteligências múltiplas de Howard Garner sugere uma alternativa para os testes de inteligência mais tradicionais. Segundo Gardner, os testes de inteligência tradicionais são limitados e não englobam uma variedade de habilidades diferentes. Segundo ele não existe apenas uma inteligência, mas sim várias inteligências que se manifestam de diferentes maneiras.

A maioria dessas manifestações era observada em crianças que apresentavam diferentes saberes e tinham habilidades diferentes sendo umas das teorias mais influentes na Educação. Para Gardner as várias inteligências representam diferentes maneiras de processar informações, expressões da mesma base cognitiva (Almeida, 2010).

gica Matemática

É a habilidade para trabalhar com números, palavras e raciocínio lógico. Indivíduos com essa inteligência são resolutos, racionais, objetivos e precisos. São bons para analisar e resolver problemas, entender padrões, criar fórmulas e fazer abstrações (Azinar, 2020).

Corporal Cinestésica

Indivíduos com essa inteligência possuem uma maior precisão e controle sobre o próprio corpo. Eles têm maior coordenação motora, facilidade para aprender novas habilidades físicas. São ativos, criativos, equilibrados física e emocionalmente, flexíveis, velozes, capazes para resolver problemas que necessitem a união do corpo e da mente e aprendem melhor fazendo (Al Taiea, 2020).

Espacial-visual

Habilidades com imagens, mapas, vídeos, gráficos, pintura e artes em geral. Indivíduos com essa habilidade são bons para reconhecer padrões em grande escala como navegadores e pilotos, padrões em menor escala como pintores e escultores, resolver problemas e puzzles ( jogos de lógica) (Levine, 2012).

Linguística

É a capacidade de utilizar as palavras escritas e faladas para se expressar. Quem tem maior inclinação para essa inteligência possui boa memória e maior capacidade de processar informações e de se comunicar.

Interpessoal

É a capacidade de “ler e entender os outros, suas motivações desejos e intenções. Pessoas com essa inteligência são empáticos, extrovertidos e sociáveis, hábeis em comunicação verbal e não verbal e para resolver conflitos que ocorrem em grupo (Kelly, 2020).

Intrapessoal

Essa inteligência permite melhor conhecimento do próprio ser, suas próprias motivações, sentimentos e intenções. Indivíduos com essa inteligência são intuitivos, independentes, reflexivos, introspectivos, buscam o isolamento e o autoconhecimento, costumam “sonhar acordado” e gostam de analisar idéias e teorias (Kelly, 2021).

Musical

Está relacionada com a capacidade do indivíduo de sentir, responder e entender estímulos musicais sendo capaz de reconhecer sons, padrões musicais, ritmo e consonância. Pessoas com esse tipo de inteligência possuem maior sensibilidade, criatividade, e habilidades psicomotoras. A habilidade cognitiva fundamental para essa inteligência é a memória e raciocino lógico. (Krishnan, 2014).


 

Naturalista

É a capacidade de identificar, manipular e classificar elementos do ambiente, objetos, animais e plantas. Indivíduos com essa inteligência possuem maior sensibilidade em relação a natureza, plantas e animais. São sensíveis a mudanças de tempo, criativos, exploradores, observadores, reconhecem padrões naturais, são inspirados pela natureza e aprendem por contato (Sadiku,2020).

Inteligência Dwri e Personalidade

Trata-se do desenvolvimento de amplas regiões de interferência intelectual, e  consiste na habilidade cognitiva do indivíduo,  liderado pelo córtex pré – frontal,  em fortalecer a sua inteligência emocional  e diminui a ocorrência de problemas relacionais na sua vida. Uma pessoa que possui a inteligência DWRI tem maior plasticidade neuronal, ou seja, maior conexão entre as varias áreas do cérebro.

Para a formulação dessa tese, foi observado que nem sempre pessoas com o QI elevado possuíam inteligência emocional, tendo conflitos com os seus pares e com pessoas com QIs mais baixos. Eles não tinham a capacidade para, em uma situação de estresse, aplicar a razão sob as suas emoções nem controlar o sistema límbico.

Na relação entre DWRI/QI, a inteligência DWRI está presente em pessoas com QI elevado, mas nem todas as pessoas com QI elevado têm essa inteligência. Ela também está ausente em pessoas com problemas cognitivos ou que sofrem de transtornos provocando maior descontrole das emoções, o que permite que elas “respondam” emocionalmente rápido a tudo que pareça uma ameaça.

Mesmo tendo uma origem hereditária, esse tipo de inteligência se mostra alcançável para todos os indivíduos através de estudo, leitura e treinos cognitivos que possam elevar o coeficiente de inteligência e melhorar a plasticidade de cérebro. O propósito principal para desenvolver essa inteligência está na busca pelo autoconhecimento, na segurança de si mesmo e no controle das emoções.

Pessoas com essa inteligência apresentam características diferentes em sua personalidade. Elas tendem a serem mais carismáticas, persuasivas e em alguns casos manipuladores. Elas têm uma maior inteligência intrapessoal, ou seja, são mais introspectivos, reflexivos e intuitivos. São personalidades mais calmas, focadas e alinhadas aos seus próprios objetivos e motivações e não se vêem ameaçadas por fatores externos e nem perseguidas por pensamentos autodestrutivos.

São pessoas curiosas, independentes, concentradas, imperativas, ansiosas, observadoras, perceptivas, não conformistas e estratégicas. Gostam de explorar novas idéias, livros e teorias, têm uma boa memória, um refinado senso de humor e de dever e exigem muito de si mesmas. Têm a capacidade de considerar entender outros pontos de vista, apresentam qualidades de lider, um bom vocabulário e interagem bem com adultos e crianças (Rodrigues, 2021).

Superdotação em Crianças

As crianças com inteligência elevada, ou seja, com o QI acima dos 130 apresentam capacidades cognitivas avançadas para a idade e comportamento precoce. O que não se significam que elas estejam tolamente desenvolvidas ou tenham maturidade emocional. Elas apresentam, desde cedo, comportamentos que as diferenciam das outras crianças como aprender a andar e falar mais rápido, estudam sozinhas, têm maior capacidade para retenção de informação, são mais inteligentes, mais sensíveis em relação ao ambiente, cumprem tarefas com maior autonomia, são mais concentradas e compreendem melhor das sutilezas de cada situação.

Elas também apresentam um pensamento mais crítico em relação a tudo a sua volta e a si mesmas desenvolvendo, em alguns casos, um perfeccionismo exacerbado que pode levar a frustração. Muitas vezes crianças assim têm problemas escolares, porque não se interessam pelas atividades e assuntos trabalhados criando problemas relacionados à disciplina. A superdotação não é um padrão rígido de comportamento, cada criança segue o seu caminho a sua maneira.

Outra característica importante em crianças com inteligência elevada é a leitura precoce. De acordo com estudos, crianças que aprendem a ler cedo possuem maior fluência, melhor compreensão fonológica e ortográfica, maior vocabulário e raciocínio (Papadopoulos, 2021).

Mapeamento da Alma

Pessoas com alto QI apresentam características de personalidade que podem diferir daquelas encontradas em indivíduos com QI médio ou baixo. Algumas dessas características incluem a opção pela solidão, a competência em alternar atenção concentrada e flutuante, o sarcasmo, a ironia, o humor ácido, o autodomínio das emoções, o hábito notívago, a curiosidade, a habilidade para manter conversas banais e a opção pela companhia de seus pares.

Essas pessoas são frequentemente vistas como introvertidas e podem preferir passar o tempo sozinhas, em vez de estar cercadas por grandes grupos de pessoas. Elas tendem a ser altamente focadas em suas tarefas, mas também são capazes de mudar rapidamente de uma atividade para outra, sem perder a concentração.

O humor negro e a ironia também são traços comuns dessas pessoas, que podem ser vistas como cínicas ou sarcásticas. No entanto, elas também são capazes de controlar suas emoções e não costumam se deixar levar por impulsos ou sentimentos negativos.

Outra característica é o hábito notívago, o que significa que elas preferem ficar acordadas até tarde da noite e podem ter dificuldade em acordar cedo pela manhã. Isso pode ser visto como uma desvantagem em uma sociedade que valoriza a pontualidade e a disciplina, mas essas pessoas podem ter mais produtividade durante a noite.

Essas pessoas são altamente curiosas e têm uma sede constante por conhecimento sendo dotadas de uma perceção com mais detalhes. Há nuances e pormenores envolvendo a inteligência que acabam por se destacar.  Elas podem se envolver em conversas profundas e intelectualmente estimulantes, mas também são capazes de se relacionar com conversas banais e triviais, se necessário. Essas pessoas tendem a preferir a companhia de indivíduos que compartilham interesses e habilidades semelhantes, criando um ambiente de camaradagem e compreensão mútua. Combinando essas características, as pessoas com alto QI são capazes de alcançar realizações significativas e se destacar em áreas que exigem pensamento crítico e criatividade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A relação entre personalidade e inteligência é um tema de interesse na psicologia, uma vez que esses elementos influenciam diretamente o comportamento humano. É sabido que a combinação de traços de personalidade e fatores hereditários moldam as características dos indivíduos com alta inteligência. Como seres emocionais, buscamos a racionalidade e, portanto, quanto mais inteligentes somos, mais propensos somos a desenvolver respostas racionais a estímulos sensoriais que geram emoções.

É importante destacar que cada emoção exige uma resposta fisiológica e comportamental específica do corpo. Pessoas com inteligência elevada possuem características que se manifestam em seu comportamento e são geralmente bem recebidas pela sociedade, o que facilita sua interação com outras pessoas. Esses indivíduos costumam ter bons relacionamentos interpessoais, sabem tomar decisões e exercem fascínio e liderança pelo exemplo e pelas ideias que compartilham.

Pessoas com alto QI tendem a utilizar sua inteligência em conjunto com a criatividade para benefício da coletividade. São líderes competentes e têm uma visão ampla do mundo, teorizando sobre diversos temas e descobrindo soluções para os problemas de sua comunidade. A personalidade altruísta é comum em indivíduos com inteligência acima da média e está relacionada com o propósito de deixar um legado através de descobertas e ações que contribuam para o avanço em áreas específicas do conhecimento.

Dessa forma, é possível afirmar que a personalidade e a inteligência caminham juntas em direção a um mesmo propósito: a melhoria da coletividade e o bem comum através do exercício profissional e social. Essa relação entre personalidade e inteligência é relevante para o desenvolvimento humano e para a compreensão de como esses elementos se manifestam em nosso comportamento e interações sociais.

Declaración de Contribuciones

Rodríguez, F. A. A. fue el ideador, propietario y creador del concepto, escribió y revisó el manuscrito. Orientó al equipo en la recolección de datos y revisó el manuscrito.

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